terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Destaque esportivo

Guiñazu pede desculpas à direção

Volante deu autorização a seu empresário para possível negociação com São Paulo

Leandro Behs / Zero Hora

Guiñazu não deixará o Inter. Mas a confusão provocada pela procuração que deu ao empresário Fabiano Ventura, para uma possível negociação com o São Paulo, causou constrangimentos ao capitão colorado. Segundo pessoas ligadas ao volante, ele já entrou em contato com a direção do Inter desculpando-se.

De férias em General Cabrera, interior de Córdoba, Guiñazu tem contrato com o Inter até junho de 2012. A multa rescisória bate na casa dos R$ 35 milhões. Guiñazu vale um Pato, com uma cláusula proibitiva para qualquer clube brasileiro. “Guiñazu ficou muito chateado. Mal conseguiu explicar esta situação à direção ao desculpar-se, por telefone. A procuração não deveria ter vazado”, contou um amigo do argentino.

Um sócio do Inter, o empresário de Porto Alegre Fabiano Ventura, foi quem obteve o documento assinado pelo jogador para oferecê-lo no Morumbi. Conversou com o jogador depois da festa da CBF que premiou os melhores do Campeonato Brasileiro – Guiñazu ganhou como o melhor volante, além de receber a Bola de Prata da revista Placar.

“Disse a ele: “Guina, hoje há muita pirataria por aí, você vai sair de férias, me deixe uma procuração para que eu possa falar por ti, pois sei de um interesse do São Paulo”, afirmou Ventura.

O desastrado movimento rumo a São Paulo provocou também uma briga entre os empresários. Régis Marques, representante de Guiñazu (e quem o levou do Libertad para o Beira-Rio) acredita que o argentino foi “ingênuo” ao assinar o documento com alguém que mal conhece. “Ele é puro. Jamais pensou em deixar o Inter. Espero que isso não arranhe a sua imagem”, disse Marques.

O incidente também causou desconforto na direção colorada. O vice de futebol, Fernando Carvalho, mostrou-se irritado com os rumores da saída do capitão: “Nunca existiu a menor chance de reforçarmos um adversário na Libertadores logo com o Guiñazu.”