quinta-feira, 16 de junho de 2011

Destaque Esportivo (ou Policial)

Edmundo é preso em flat na zona oeste de São Paulo

O ex-jogador de futebol e comentarista esportivo Edmundo Alves de Souza Neto foi preso na noite de quarta-feira (16) em um flat na rua Amauri, no Jardim Europa, zona oeste de São Paulo. Condenado no Rio pela morte de três pessoas em um acidente de trânsito ocorrido em 1995, Edmundo teve a prisão decretada no último dia 14 e era considerado foragido.

A detenção foi feita por agentes da 3ª Delegacia Seccional Oeste da Capital após uma denúncia anônima.

Os policiais chegaram ao flat por volta das 23h e confirmaram com funcionários a presença do ex-jogador no local. Edmundo, que estava sozinho no apartamento, tomou um banho e ligou para seu advogado antes de ser conduzido à 3ª Delegacia Seccional Oeste.

Segundo informações da Polícia Civil, o ex-jogador estava calmo e disse que aguardava orientações de seu advogado para se entregar.

As autoridades aguardam agora o mandado de prisão expedido pela Polícia Civil do Rio. A expectativa é de que o ex-jogador seja transferido para o Rio no início da manhã.

Com prisão decretada na última terça-feira (14), Edmundo estava foragido. A Polícia Civil do Rio de Janeiro já havia realizado ontem buscas em ao menos quatro endereços à procura dele, sem sucesso.

Edmundo foi condenado em março de 1999 a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, por homicídio culposo e lesão corporal culposa, por conta de um acidente de carro ocorrido na Lagoa, zona sul do Rio, na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995.

ACIDENTE

Na tragédia, Edmundo dirigia uma Cherokee e havia acabado de sair da boate Sweet Love com as amigas Roberta, Débora, Markson Gil Pontes e Joana, que morreu no hospital. O carro de Edmundo bateu em um Uno, na Lagoa.

O Uno era dirigido por Carlos Frederico Brites Pontes, que morreu no local do acidente. Ele estava acompanhado da namorada Alessandra, que morreu no hospital, e de Natasha.

O laudo policial sobre o acidente concluiu que a alta velocidade em que o jogador conduzia seu carro foi determinante para a batida. Ele foi acusado (denúncia formal) de triplo homicídio culposo, em 1996.

Em sua defesa, no depoimento para o Ministério Público, Edmundo disse que foi fechado pelo motorista do Uno, mas não convenceu a Justiça.

No dia 5 de março de 1999, Edmundo foi condenado. Os advogados do jogador entraram com um recurso e conseguiram a liberdade provisória.

Em outubro, o Tribunal de Justiça confirmou a sentença e determinou a imediata detenção do jogador. Depois de ficar foragido por 24 horas, Edmundo se entregou e chegou a passar uma noite detido na Polinter (Polícia Interestadual). Foi liberado graças a uma liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Em dezembro de 2000, o STJ recebeu um recurso dos advogados do esportista pedindo a diminuição da pena. Solicitaram ainda a suspensão condicional da pena e, em caso de negativa, sua substituição por penas alternativas, como a prestação de serviços à comunidade.

Além disso, o jogador teve de fazer acordos com as famílias dos envolvidos no acidente, que entraram na Justiça com pedidos de indenização.