quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Acabou a greve dos bancários


Fonte: Diário de São Paulo

Greve dos bancários chega ao fim. Comando de greve pediu para que os trabalhadores voltassem ao trabalho após proposta de reajuste Kelly Oliveira/Agência Brasil

A greve dos bancários deve acabar hoje (26), após decisão de assembleias de 137 sindicatos em todo o país. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf), Carlos Cordeiro, disse que a orientação do comando de greve é que os sindicatos aceitem a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Banco do Brasil e Caixa.

A proposta prevê reajuste salarial de 7,5%, aumento de 8,5% do piso salarial e dos auxílios-refeição e alimentação. Determina também aumento de 10% para a parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

De acordo com Cordeiro, há propostas específicas da Caixa e do Banco do Brasil. No caso da Caixa, por exemplo, foi definida a contratação de mais 7 mil empregados, sendo que até 2014 serão cerca de 99 mil no país. E o BB vai assinar acordo de combate ao assédio moral no trabalho.

Segundo Cordeiro, a greve este ano teve maior força que em 2011. “No ano passado, foram 21 dias de greve e conseguimos aumento real de 1,5%. Hoje, estamos no nono dia e teremos aumento real de 2%. Foi uma greve mais forte do que no ano passado”, destacou.

Greve durou menos tempo que o esperado.

No último sábado, no Bar do Ceará















Empate na política do futebol

Por Ana Maria campos (anacampos.df@dabr.com.br

Terminou na manhã de ontem (25) empatada a eleição para a direção da Federação Brasiliense de Futebol (FBF), uma disputa que envolveu o meio político do Distrito Federal. 19 a 19 e um voto nulo. A comissão eleitoral decidiu convocar nova eleição para 4 de outubro, às 9h.

De um lado, o advogado Jozafá Dantas, membro da executiva regional do PMDB, que tem o apoio do governador Agnelo Queiroz (PT), do advogado dele, Luís Carlos Alcoforado, do vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) e do deputado federal Paulo Tadeu (PT-DF).

De outro, o policial militar Márcio Coutinho, conhecido como Careca, que conta com o apoio de setores do PT, entre os quais o administrador de Ceilândia, Ari de Almeida.

Houve uma tentativa de unidade até a última hora, a ponto de o vice de Coutinho, Erivaldo Alves, presidente do Sociedade Esportiva Santa Maria, migrar para a vice-presidência na chapa de Jozafá. Fruto de acordos políticos. Erivaldo também é filiado ao PT, ligado ao deputado Wasny de Roure (PT), e foi vice-presidente do partido.

A disputa estava no campo da base do governo. Mas acabou virando uma guerra maior.

O empresário Eduardo Pedrosa, irmão da deputada Eliana Pedrosa (PSD), decidiu concorrer também. A candidatura dele, no entanto, foi impugnada e desclassificada pela comissão eleitoral da Federação Brasiliense devido a um problema no preenchimento da ficha de inscrição.

Pedrosa nega apoio a qualquer chapa. Mas o coordenador da campanha de Márcio Coutinho, Paulo de Araújo, admite que votos do grupo de Pedrosa e da Sociedade Esportiva do Gama foram fundamentais para se contrapor a Jozafá.

Luiz Estevão também não declara voto, mas os cartolas dizem que ele optou por Márcio Coutinho.

Resultado: se a chapa de Eduardo Pedrosa não tivesse sido impedida de disputar, Jozafá Dantas teria sido eleito nesta manhã (25). O raciocínio é lógico: parte dos votos de Márcio Coutinho iria para a candidatura do irmão de Eliana Pedrosa.

Atá a próxima eleição, serão nove dias de muitas negociações que poderão mudar o quadro na prorrogação do jogo político. A conferir.

Depois da eleição, havia muitas suspeitas de traições. Voto secreto é voto secreto. Muita gente pode ter negociado apoiado dos dois lados.

Detalhe: Fábio Simão -- presidente da FBF destituído pela Justiça -- também mantém secreta a sua posição na disputa. Garante que é amigo de todos. Mas ninguém duvida de que ele esteja com Jozafá Dantas.

A cabine de votação improvisada com uma pasta 007 pela comissão eleitoral, na eleição de ontem pela manhã (25) para a direção da Federação Brasiliense de Futebol (FBF).
Proposta de 7,5% de aumento agrada bancários que sinalizam fim da greve

Por Luiz Guilherme Gerbelli, de O Estado de S. Paulo e Beatriz Bulla, da Agência Estado, estadao.com.br

SÃO PAULO - O comando de greve dos bancários vai recomendar que as assembleias que serão realizadas a partir desta quarta-feira votem pelo fim da greve da categoria. Nesta terça-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) fez uma nova proposta, de reajuste de 7,5% nos salários, com aumento real de 2%.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve deve prosseguir hoje - será o nono dia de paralisação -, e a recomendação pelo fim da greve ainda será votada pelas assembleias dos 137 sindicatos representados pela entidade.

"Quem vai decidir são os trabalhadores em assembleias. Pode ser que amanhã a greve já acabe em alguma cidades e em outras quinta ou sexta. Depende das assembleias que serão marcadas pelos sindicatos", afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

A proposta aprovada nesta terça-feira pelo comando nacional também prevê o aumento de 8,5% tanto no piso salarial da categoria como no valor dos tíquetes de vale-alimentação e vale-refeição.

Pelo acordo, o vale-alimentação passa de R$ 339,08 para R$ 367,92. O vale-refeição vai de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia. O piso do caixa sobe de R$ 1.900 para R$ 2.056,89. O aumento proposto pela Fenaban para a parte fixa da participação nos lucros e resultados (PLR) e para o teto do adicional foi de 10% (aumento real de 4,37%). A PLR adicional é de 2% do lucro líquido distribuído de forma linear.

"Nesses dias de greve conseguimos romper com o silêncio dos bancos. No ano passado, tivemos um ganho real de 1,5% com uma greve de 21 dias. Este ano tivemos um movimento mais forte e com menos dias conseguimos um aumento real de 2%", afirmou Cordeiro. "Tivemos avanços também na questão da segurança bancária, vamos discutir um projeto piloto em conjunto com a Fenaban sobre o assunto. Temos avanços na saúde, na questão da igualdade de oportunidades."

No início da negociação, os sindicatos pediram uma reajuste de 10,25% (aumento real de 5%), enquanto os banqueiros ofereciam um aumento de 6% (aumento real de 0,58%).

Nesta terça-feira, no oitavo dia de paralisação, 9.551 das 21.714 agências do País ficaram fechadas. A greve dos bancários teve início em 18 setembro e foi decidida no dia 13 de setembro.

Em São Paulo, maior centro financeiro do País, segundo o último balanço do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a paralisação teve a adesão de 35 mil bancários na segunda-feira. A base do sindicato tem 138 mil trabalhadores.

"A nossa avaliação é de que tivemos avanços nos principais pontos da reivindicação e o aumento real de 2% é próximo ao de outras categorias neste ano", afirmou Juvandia Moreira, presidente do sindicato.

Greve dos bancários perto do fim.