sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Destaque Esportivo

Caso de polícia no futebol gaúcho

É uma vergonha, diz presidente do Veranópolis

Por Redação Yahoo! Brasil

Um jantar de confraternização de atletas do Veranópolis para ver o jogo do Santos pela Libertadores quase terminou em tragédia e gerou a demissão de dois jogadores.

Cinco atletas reuniram-se na casa do zagueiro Anderson Bill. No entanto, durante uma discussão, o atacante Gilson usou uma faca para ameaçar o meia Marcos Paraná, que, assustado, pulou da sacada e fraturou duas costelas. Como resultado, a diretoria do clube rescindiu o contrato de ambos os atletas.

"Foi uma vergonha para o clube, mas já fizemos o que tínhamos de fazer: rescindir o contrato dos dois. O Marcos ainda não assinou, porque está convalescendo, mas já está comunicado", afirmou o presidente do Veranópolis Gilberto Generosi.

O técnico Leandro Machado também teve seu contrato rescindido. Quem assume é o gerente de futebol Adenir Bertóglio, que fez coro ao mandatário do clube: "Isso prejudicou a carreira dos dois. Poderia ter sido mais trágico, causado uma morte. Eles sujaram o nome do clube e do elenco".

Generosi afirmou que, ao contrário do companheiro, explosivo, Gilson tem bom temperamento: "O Marcos é muito nervoso, agitado, jogou quatro jogos e foi expulso em dois por agressão. Já o Gilson era calmo dentro e fora de campo".

O presidente mostrou-se envergonhado com o incômodo causado pelos atletas: "Causaram um vexame no condomínio onde isso aconteceu. Há pessoas que trabalhariam cedo no dia seguinte e eles ficaram até as duas da manhã para se acalmarem".

Em relação às baixas no elenco, Gilberto Generosi comentou que os dois farão falta, mas ressalta a decisão da diretoria: "Trabalhávamos com 24 atletas, hoje estamos com 22. Traremos mais três para melhorar nosso plantel em quantidade e qualidade. Mesmo assim, tomamos a decisão certa em rescindir com eles".

Os dois jogadores não serão os únicos a deixar o clube. O diretoria rescindiu o contrato do técnico Leandro Machado em comum acordo. O treinador ficou apenas duas semanas no comando técnico da equipe gaúcha. "Temos de ter senso crítico. Não tinha mais nada a tirar do grupo, sei até onde posso ir", disse Leandro.

O presidente justificou a decisão: "Já vínhamos tratando isso há um tempo. Ele não conseguiu motivar o grupo, não conseguiu empregar no elenco a garra característica do futebol gaúcho, motivo pelo qual o contratamos, mas o fato de ter acontecido no mesmo dia foi coincidência".

Já longe do Veranópolis, o técnico repensa a decisão tomada: "Não me arrependo do que fiz, mas devia ter pensado melhor e ter tido mais paciência, mais tranquilidade quando recebi a proposta", finalizou.

Segundo o presidente, o novo técnico já foi escolhido e assistirá das tribunas a partida contra o Caxias, pelo Gauchão. No entanto, o nome do novo comandante ainda não pode ser revelado.

O meia Marcos Paraná, que se recupera em casa, preferiu não comentar a rescisão de seu contrato: "Não sei se eu merecia, não sei o que se passa na cabeça dos dirigentes, mas sempre me dei bem com todos no clube. Só tenho de aceitar o que eles decidirem", disse o atleta.

No entanto, o atleta relutou em comentar o incidente: "Não gosto nem de lembrar o que aconteceu. Prefiro pensar que é passado e me preocupar em voltar a jogar".

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