Vale
a pena fazer uma visita a um dos pontos turísticos mais conhecidos do Rio
Grande do Sul, às ruínas de São Miguel, na cidade natal do amigo Felipão,
proprietário do Restaurante e Churrascaria "Fogão de Lenha", em
Sobradinho-DF, e frequentador assíduo do Bar Central, o popular Bar do Ceará.
Quem
alguma vez abriu um livro de História do Brasil deve se lembrar dos jesuítas -
padres portugueses e espanhóis que, na América descoberta, organizavam
comunidades com o objetivo de catequizar os índios. Além de ter sido importante
no Rio Grande do Sul, o movimento se estendeu à Argentina e ao Paraguai.
No Brasil, a partir de 1636, esses povoados sofreram fortes ataques dos
bandeirantes paulistas que buscavam escravos. Em 1638, acabaram migrando para o
outro lado do rio Uruguai. Os padres jesuítas só retornaram a São Miguel
Arcanjo em 1687, quando fundaram os Sete Povos das Missões. O conjunto de
aldeamentos indígenas do noroeste gaúcho incluía também São Lourenço Mártir,
São João Batista e São Nicolau, São Borja, São Luís Gonzaga e Santo Ângelo.
A
construção do complexo arquitetônico ainda existente em São Miguel foi
realizada após o retorno. O sítio arqueológico é formado por igreja, sacristia,
cruz missionária, colégio, oficinas, quinta e cemitério, além de um museu.
A
antiga igreja é, sem dúvida, o que mais chama a atenção no local. Seus blocos
de arenito percorreram 20 quilômetros para chegar ali, onde passaram 10 anos
sendo empilhados para dar o formato de cruz latina que diferencia o edifício
das demais igrejas missionárias. O projeto foi assinado pelo italiano Gian
Batista Primolli, que se mostrou bastante antenado com as novidades da
arquitetura européia da época ao desenhar sua obra barroca.
O
sino que badalava na torre principal da igreja descansa hoje no Museu das
Missões, instalado em uma casa inspirada nas habitações dos missioneiros. O
museu abriga ainda cerca de 100 imagens religiosas confeccionadas pelos índios
e que antes decoravam o templo.
Para
entender mais sobre São Miguel, um vídeo é exibido aos visitantes de hora em
hora, na sacristia. À noite, um espetáculo de som e luz conta a história das
missões.
O
sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo é o único patrimônio
histórico-cultural do Sul do Brasil reconhecido pela Unesco.
Sítio
arqueológico de São Miguel - Horário: das 9h às 12h e das 14h às 18h, com
alterações durante o horário de verão. Quanto: R$ 5, sendo que estudantes e
idosos pagam meia e alunos de escolas públicas entram de graça. Informações:
www.saomiguel-rs.com.br/Turismo.
Abaixo uma série de bonitas fotos do local.
Pórtico na chegada a São Miguel das Missões.
A fachada de pedra avermelhada ainda se sustenta, imponente, no meio do gramado verde. Com os olhos fechados, talvez seja possível ouvir na imaginação o burburinho das crianças guaranis, ou a missa rezada com sotaque espanhol. A redução de São Miguel Arcanjo, hoje o município gaúcho de São Miguel das Missões, já assistiu à passagem de mais de três séculos.
Quem
alguma vez abriu um livro de História do Brasil deve se lembrar dos jesuítas -
padres portugueses e espanhóis que, na América descoberta, organizavam
comunidades com o objetivo de catequizar os índios. Além de ter sido importante
no Rio Grande do Sul, o movimento se estendeu à Argentina e ao Paraguai.
No Brasil, a partir de 1636, esses povoados sofreram fortes ataques dos bandeirantes paulistas que buscavam escravos. Em 1638, acabaram migrando para o outro lado do rio Uruguai. Os padres jesuítas só retornaram a São Miguel Arcanjo em 1687, quando fundaram os Sete Povos das Missões. O conjunto de aldeamentos indígenas do noroeste gaúcho incluía também São Lourenço Mártir, São João Batista e São Nicolau, São Borja, São Luís Gonzaga e Santo Ângelo.
A construção do complexo arquitetônico ainda existente em São Miguel foi realizada após o retorno. O sítio arqueológico é formado por igreja, sacristia, cruz missionária, colégio, oficinas, quinta e cemitério, além de um museu.
A antiga igreja é, sem dúvida, o que mais chama a atenção no local. Seus blocos de arenito percorreram 20 quilômetros para chegar ali, onde passaram 10 anos sendo empilhados para dar o formato de cruz latina que diferencia o edifício das demais igrejas missionárias. O projeto foi assinado pelo italiano Gian Batista Primolli, que se mostrou bastante antenado com as novidades da arquitetura européia da época ao desenhar sua obra barroca.
O sino que badalava na torre principal da igreja descansa hoje no Museu das Missões, instalado em uma casa inspirada nas habitações dos missioneiros. O museu abriga ainda cerca de 100 imagens religiosas confeccionadas pelos índios e que antes decoravam o templo.
Para entender mais sobre São Miguel, um vídeo é exibido aos visitantes de hora em hora, na sacristia. À noite, um espetáculo de som e luz conta a história das missões.
O sítio arqueológico de São Miguel Arcanjo é o único patrimônio histórico-cultural do Sul do Brasil reconhecido pela Unesco.
Sítio arqueológico de São Miguel - Horário: das 9h às 12h e das 14h às 18h, com alterações durante o horário de verão. Quanto: R$ 5, sendo que estudantes e idosos pagam meia e alunos de escolas públicas entram de graça. Informações: www.saomiguel-rs.com.br/Turismo.
A fachada de pedra avermelhada ainda se sustenta, imponente, no meio do gramado verde. Com os olhos fechados, talvez seja possível ouvir na imaginação o burburinho das crianças guaranis, ou a missa rezada com sotaque espanhol. A redução de São Miguel Arcanjo, hoje o município gaúcho de São Miguel das Missões, já assistiu à passagem de mais de três séculos.