quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Um artigo que merece ser reproduzido

A REPRODUÇÃO DO TEXTO ABAIXO, NÃO CONDUZ A NENHUM POSICIONAMENTO POLÍTICO, NEM DO OPERADOR DO BLOG E MUITO MENOS DOS PROPRIETÁRIOS DO BAR. A INTENÇÃO É ÚNICA EM MOSTRAR UM ARTIGO BEM ESCRITO E COMO AS PESSOAS, AS VEZES POR SEREM HUMILDES, SÃO TÃO INJUSTIÇADAS.

Marisa Letícia Lula da Silva: as palavras que precisavam ser ditas

Hildegard Angel

http://noticias.r7.com/blogs/hildegard-angel/

Foram oito anos de bombardeio intenso, tiroteio de deboches, ofensas de todo jeito, ridicularia, referências mordazes, críticas cruéis, calúnias até. E sem o conforto das contrapartidas. Jamais foi chamada de “a Cara” por ninguém, nem teve a imprensa internacional a lhe tecer elogios, muito menos admiradores políticos e partidários fizeram sua defesa. À “companheira” número 1 da República, muito osso, afagos poucos.

dirão os de sempre, e as mordomias? As facilidades? O vidão? E eu rebaterei: E o fim da privacidade? A imprensa sempre de olho, botando lente de aumento pra encontrar defeito? E as hostilidades públicas? E as desfeitas? E a maneira desrespeitosa com que foi constantemente tratada, sem a menor cerimônia, por grande parte da mídia? Arremedando-a, desfeiteando-a, diminuindo-a? E as frequentes provas de desconfiança, daqui e dali? E – pior de tudo – os boatos infundados e maldosos, com o fim exclusivo e único de desagregar o casal, a família?

Ah, meus queridos, Marisa Letícia Lula da Silva precisou ter coragem e estômago para suportar esses oito anos de maledicências e ataques. E ela teve.

Começaram criticando-a por estar sempre ao lado do marido nas solenidades. Como se acompanhar o parceiro não fosse o papel tradicional da mulher mãe de família em nossa sociedade.

Depois, implicaram com o silêncio dela, a “mudez”, a maneira quieta de ser. Na verdade, uma prova mais do que evidente de sua sabedoria. Falar o quê, quando, todos sabem, primeira-dama não é cargo, não é emprego, não é profissão?

Ah, mas tudo que “eles” queriam era ver dona Marisa Letícia se atrapalhar com as palavras para, mais uma vez, com aquela crueldade venenosa que lhes é peculiar, compará-la à antecessora, Ruth Cardoso, com seu colar pomposo de doutorados e mestrados.

Agora, me digam, quantas mulheres neste grande e pujante país podem se vangloriar de ter um doutorado? Assim como, por outro lado, não são tantas as mulheres no Brasil que conseguem manter em harmonia uma família discreta e reservada, como tem Marisa Letícia.

E não são também em grande número aquelas que contam, durante e depois de tantos anos de casamento, com o respeito implícito e explícito do marido, as boas ausências sempre feitas por Luís Inácio Lula da Silva a ela, o carinho frequentemente manifestado por ele. E isso não é um mérito? Não é um exemplo bom?

Passemos agora às desfeitas ao que, no entanto, eu considero o mérito mais relevante de nossa ex-primeira-dama: a brasilidade.

Foi um apedrejamento sem trégua, quando Marisa Letícia, ao lado do marido presidente, decidiu abrir a Granja do Torto para as festas juninas. A mais singela de nossas festas populares, aquela com Brasil nas veias, celebrando os santos de nossas preferências, nossa culinária, os jogos e brincadeiras. Prestigiando o povo brasileiro no que tem de melhor: a simplicidade sábia dos Jecas Tatus, a convivência fraterna, o riso solto, a ingenuidade bonita da vida rural. Fizeram chacota por Lula colar bandeirinhas com dona Marisa, como se a cumplicidade do casal lhes causasse desconforto.

Imprensa colonizada e tola, metida a chique. Fazem lembrar “emergentes” metidos a sebo que jamais poderiam entender a beleza de um pau de sebo “arrodeado” de fitinhas coloridas. Jornalistas mais criteriosos saberiam que a devoção de Marisa pelo Santo Antônio, levado pelo presidente em estandarte nas procissões, não é aprendida, nem inventada. É legitimidade pura. Filha de um Antônio (Antônio João Casa), de família de agricultores italianos imigrantes, lombardos lá de Bérgamo, Marisa até os cinco de idade viveu num sítio com os dez irmãos, onde o avô paterno, Giovanni Casa, devotíssimo, construiu uma capela de Santo Antônio. Até hoje ela existe, está lá pra quem quiser conferir, no bairro que leva o nome da família de Marisa, Bairro dos Casa, onde antes foi o sítio de suas raízes, na periferia de São Bernardo do Campo. Os Casa, de Marisa Letícia, meus amores, foram tão imigrantes quanto os Matarazzo e outros tantos, que ajudaram a construir o Brasil.

Outro traço brasileiro dela, que acho lindo, é o prestígio às cores nacionais, sempre reverenciadas em suas roupas no Dia da Pátria. Obras de costureiros nossos, nomes brasileiros, sem os abstracionismos fashion de quem gosta de copiar a moda estrangeira. Eram os coletes de crochê, os bordados artesanais, as rendas nossas de cada dia. Isso sim é ser chique, o resto é conversa fiada.

No poder, ao lado do marido, ela claramente se empenhou em fazer bonito nas viagens, nas visitas oficiais, nas cerimônias protocolares. Qualquer olhar atento percebe que, a partir do momento em que se vestir bem passou a ser uma preocupação, Marisa Letícia evoluiu a cada dia, refinou-se, depurou o gosto, dando um olé geral em sua última aparição como primeira-dama do Brasil, na cerimônia de sábado passado, no Palácio do Planalto, quando, desculpem-me as demais, era seguramente a presença feminina mais elegante. Evoluiu no corte do cabelo, no penteado, na maquiagem e, até, nos tão criticados reparos estéticos, que a fizeram mais jovem e bonita.

Atire a primeira pedra a mulher que, em posição de grande visibilidade, não fez uma plástica, não deu uma puxadinha leve, não aplicou uma injeçãozinha básica de botox, mesmo que light, ou não recorreu aos cremes noturnos. Ora essa, façam-me o favor! Cobraram de Marisa Letícia um “trabalho social nacional”, um projeto amplo nos moldes do Comunidade Solidária de Ruth Cardoso. Pura malícia de quem queria vê-la cair na armadilha e se enrascar numa das mais difíceis, delicadas e técnicas esferas de atuação: a área social.

Inteligente, Marisa Letícia dedicou-se ao que ela sempre melhor soube fazer: ser esteio do marido, ser seu regaço, seu sossego. Escutá-lo e, se necessário, opinar. Transmitir-lhe confiança e firmeza. E isso, segundo declarações dadas por ele, ela sempre fez. Foi quem saiu às ruas em passeata, mobilizando centenas de mulheres, quando os maridos delas, sindicalistas, estavam na prisão. Foi quem costurou a primeira bandeira do PT. E, corajosa, arriscou a pele, franqueando sua casa às reuniões dos metalúrgicos, quando a ditadura proibiu os sindicatos. Foi companheira, foi amiga e leal ao marido o tempo todo.

Foi amável e cordial com todos que dela se aproximaram. Não há um único relato de episódio de arrogância ou desfeita feita por ela a alguém, como primeira-dama do país. A dona de casa que cuida do jardim, planta horta, se preocupa com a dieta do maridão e protege a família formou e forma, com Lula, um verdadeiro casal. Daqueles que, infelizmente, cada vez mais escasseiam. Este é o meu reconhecimento ao papel muito bem desempenhado por Marisa Letícia Lula da Silva nesses oito anos.

Tivesse dito tudo isso antes, eu seria chamada de bajuladora. Esperei-a deixar o poder para lhe fazer a Justiça que merece.

O estilo de dona Marisa Letícia evoluiu ao longo do período em que foi primeira-dama. Na montagem acima, bons momentos em que demonstrou sua elegância.

Destaque esportivo

Novela perto do fim: Jornal italiano diz que Ronaldinho escolheu o Grêmio

Segundo a Gazzeta dello Sport, anúncio será feito nas próximas horas

Clic Esportes – Zero Hora - PA

Um dos maiores jornais esportivos da Itália, a Gazzeta dello Sport informou na tarde desta terça-feira que Ronaldinho será jogador do Grêmio. Segundo a versão online da Gazzeta, o acerto já foi concretizado e o anúncio será feito nas próximas horas.

Grêmio, até o momento, não confirma o acerto. Minutos antes da informação ser divulgada pelo jornal italiano, Antônio Vicente Martins, vice-presidente de futebol do clube, falou ao clicEsportes e garantiu que na quarta-feira teria uma reunião com o irmão e empresário de Ronaldinho, Assis, para definir a questão pelo lado tricolor.

Depois disso, nenhum dirigente mais atendeu aos telefonemas da reportagem. O celular de Assis também estava desligado quando foi procurado.

De acordo com Antônio Vicente Martins, a definição por parte do Grêmio só deve sair da reunião desta quarta. Pelo menos, é o que ele espera.

"Acho que temos bastante coisa para conversar, o contrato é complexo. Mas temos que avançar, acho que avançaremos nesata quarta-feira", projetou.

Se a informação se confirmar, o anúncio oficial de Ronaldinho será feito nesta quarta-feira, assim que o presidente Paulo Odone retornar das férias em Punta del Leste.

Segundo o jornalista David Coimbra, a vontade Ronaldinho de jogar no clube do seu coração e de voltar a morar em Porto Alegre foram decisivos.

Palmeiras também anuncia acerto

Segundo o site GloboEsporte.com, a diretoria do Palmeiras convocou a imprensa na tarde desta terça-feira para dizer que o acordo entre o clube e Ronaldinho está fechado. Resta a assinatura do craque do Milan (ITA) para a transação ser dada como sacramentada e ele vestir a camisa do Verdão.

O diretor de futebol, Wlademir Pescarmona, afirmou que todas as exigências feitas por Roberto Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, e agora aguarda o agente para concluir a negociação.

Negociação longa

Nos últimos dias, rumores colocaram Ronaldinho em diferentes equipes. Depois de ser dado praticamente certo como novo reforço do Grêmio antes do Natal, o jogador se reapresentou para um período de treinos em Dubai com o Milan. Lá, pouco participou dos trabalhos. A imprensa que cobria os treinamentos viu um jogador desanimado e completamente desinteressado.

Liberado pelo Milan para acompanhar de perto as negociações, Ronaldinho passou o último final de semana no Rio de Janeiro, onde estava sua família. Flamengo e Palmeiras cresceram na parada. Representantes dos dois clubes conversaram com Assis, apresentaram propostas, e o jogador, segundo se especulava, dificilmente voltaria para o Grêmio.

Porém, os dirigentes do Grêmio sempre mantiveram a calma. Nunca deixaram de conversar com Assis e passavam tranquilidade aos torcedores, dizendo que tudo estava sob controle e que mantinham contatos regulares com o empresário do craque.

Nesta terça-feira, Assis retornou para Porto Alegre e a negociação novamente tomou um rumo favorável ao Grêmio. O clube gaúcho tem a palavra do irmão do jogador e, nesta quarta-feira, deve oficializar o acerto com o jogador.