A origem do “bode expiatório”
O “bode expiatório” é alvo favorito dos zombeteiros e daqueles que querem fazer alguém se submeter ao ridículo, recebendo arbitrariamente as culpas pelos erros dos outros. A expressão teve origem em um ritual anual da tradição judaica, chamado de Dia da Expiação (Iom Kippur, em hebraico), que pode ser lido no capítulo 16 do Levítico, livro do Antigo Testamento da Bíblia.
Sacerdotes levavam dois bodes ao templo de Jerusalém para que um deles fosse escolhido, em sorteio, para ser sacrificado e queimado junto com um touro no altar dos sacrifícios. O sangue de ambos era colocado nas paredes do templo.
O outro animal, livrado do sacrifício, tornava-se o “bode expiatório”, que virava um símbolo de purificação e expiação dos pecados e culpas. O sacerdote colocava as mãos sobre a cabeça do bode para confessar todos os pecados de Israel. Em seguida, o povo também depositava os seus erros no animal, que depois era abandonado ao relento no deserto. Dessa forma, acalmava-se o demônio e o povo ficava livre dos males cometidos.
Ao longo da história, diversos “bodes expiatórios” surgiram, variando de acordo com o local e o período. Na história do Brasil, por exemplo, o caso clássico foi a morte de Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes. Ele foi o único a assumir toda a responsabilidade pela Inconfidência, inocentando seus companheiros, sendo executado e esquartejado.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
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