segunda-feira, 25 de maio de 2009

Só mesmo no Brasil

Pasmem!!! Na última eleição para prefeito do município cearense de Bela Cruz , um dos candidatos era conhecido da população pelo apelido "Cú de Apito". O Juiz Eleitoral, nem quis saber se o candidato carregava o apelido por mais de 30 anos, e só aceitou o registro com o nome verdadeiro de JOÃO BATISTA CORDEIRO.

A decisão de nada adiantou, pois os eleitores fizeram toda a campanha eleitoral explorando o inusitado apelido de "CÚ DE APITO", sob a justificativa: "Já que ele não pode botar o cú no apito, vamos botar a boca no trombone!". E organizaram todos os dias grandes carreatas pelas ruas principais da cidade, sem que o candidato, um homem pobre gastasse um único centavo. O melhor foi o slogan dele: "Votar no "Cú" não dói'!"

Lançado pela “COLIGAÇÃO MÃOS LIMPAS”, composta dos partidos PTB/PTN, a campanha foi emocionante, tendo como palanques os tetos das casas, bancos de praças, carroças, etc.. O povo colaborou e grande parte dos moradores costumava usar apitos nas madrugadas, fazendo uma zoada, deixando os candidatos adversários, todos empresários, sem dormir.

Os eleitores criaram uma historinha interessante para explicar a impugnação do apelido. O juiz teria se baseado no que poderia acontecer no futuro, caso "Cú de Apito" fosse eleito prefeito de Bela Cruz, e tendo que marcar uma audiência com um Ministro de Estado, em Brasília.

O contato seria mais ou menos assim: "Alô, é do Ministério da Educação?" "Sim, responde a atendente." É que "Seo Cú" quer marcar uma audiência com o ministro para a próxima semana". A telefonista do Ministério da Educação pede que o interlocutor do prefeito tenha respeito e vergonha, desligando o telefone.

Nova ligação é feita. Educadamente, mais uma vez, a atendente do Ministério da Educação volta a ouvir a voz dizendo-lhe que "Seo Cú" quer marcar uma audiência para tratar questões relativas a liberação de recursos que foram aprovados ao Orçamento Geral da União para a cidade de Bela Cruz.

Depois de muitas explicações, a audiência é marcada. No dia agendado chega "Cú de Apito" e diz na portaria do Ministério da Educação: "Eu sou "Cú de Apito", prefeito de Bela Cruz, no Ceará, e tenho uma audiência com o ministro". O atendente liga para o gabinete do ministro e a secretária confirma a audiência. O prefeito é autorizado a subir.

Chegando na ante-sala, o prefeito estufa o peito e tasca: "Eu sou "Cú de Apito" e tenho uma audiência marcada". A secretária olha para o prefeito e pergunta: "Seo Cu" o senhor gostaria de tomar alguma coisa?" "Agora, não! Só depois que sair da audiência."

A secretária anuncia ao ministro: "Seo Cú" será o próximo a entrar!" O ministro ao ouvir aquele acinte, pondera: "A senhora me respeite, pois nunca faltei-lhe com respeito!" A secretária dá toda explicação e o ministro recebe "Cú de Apito" com um sorriso.

Como o candidato continuou a usar o apelido impugnado, não restou a Justiça Eleitoral outra alternativa senão indeferir também o registro de campanha do candidato João Batista Cordeiro a prefeito de Bela Cruz, no Ceará, até então líder nas pesquisas de opinião. Com tal decisão, o candidato eleito foi Pedro Dutra (PSDB), que substituiu a Eliésio Rocha Adriano, o "Cachimbão".

O ex-candidato "Cú de Apito"

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