Podíamos acelerar nossos Mavericks e Opalas a 120km/h sem a delação dos radares, mas não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que isso constituísse crime ambiental, mas não podíamos falar mal do presidente.
Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco de sermos jogamos à vala da delinqüência, mas não podíamos falar mal do presidente.
Não usávamos eufemismo hipócritas para fazer referências a raças, credos ou preferências sexuais, e não éramos processados por isso, mas não podíamos falar mal do presidente.
Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em razão de tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro e a coluna que separa a chapa, mas não podíamos falar mal do presidente.
Galanteava a menina do contas a pagar e não sofria processo judicial por assédio, mas não podia falar mal do presidente.
Hoje a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente! Mais nada.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
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