Balcão de Bar
Balcão de Bar,
Espelho de tristes rostos
Em que a tarde põe desgostos
E a noite vai agravar.
Balcão de Bar,
Porto de gente sofrida
A esconder o que a bebida
Aos poucos vai revelar.
Balcão de Bar,
É o inferno e o paraíso
A depender do sorriso
Da mulher que vai entrar.
Balcão de Bar
Confessionário paciente
Do bêbado inconseqüente
Que em ti vai se apoiar.
Balcão de Bar
Ao apagar de tuas luzes
Levantam-se negras cruzes
Que nos vão crucificar.
Madrugada,
Lá fora a vida começa
Mas tu me esperas sem pressa
Pois sabe que eu vou voltar.
Balcão de meu velho Bar....
PS: Poema de Cleonte Pereira de Oliveira, copiado das paredes do bar Pavilhão Chinês, em Lisboa.

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