Manhã tranqüila numa cidadezinha do sul das Minas Gerais (Arceburgo). O padre estava em frente à igreja quando viu passar uma garotinha de uns nove ou dez anos, pés descalços, franzina, meio subnutrida, ar ngelical, conduzindo umas seis ou sete cabras.
Era com esforço que a garotinha conseguia reunir as cabras e fazê-las caminhar. O padre observava a cena. Começou a imaginar se aquilo não era um caso de exploração de trabalho infantil e foi conversar com a menina.
"Olá, minha jovem. Como é o seu nome?"
"Rosineide, seu padre."
"O que é que você está fazendo com essas cabras, Rosineide?"
"É pro bode cobrir elas, seu padre. Tou levando elas lá pro sítio de seu João."
"Me diga uma coisa, Rosineide, seu pai ou seu irmão não podiam fazer isso?"
"Pode não, seu padre! Já fizeram... Mas num dá cria... Tem que ser um
bode mesmo!"
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
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