domingo, 8 de abril de 2018

Sobradinho encerra longo jejum com a conquista do tri


Leão da Serra derrotou o Brasiliense por 1 x 0 no tempo normal, na decisão no Mané Garrincha, e levou a melhor nas cobranças de pênaltis

Por Victor Gammaro - Especial para o Correio Braziliense

Foi com emoção até o final. O Campeonato Brasiliense de 2018 foi decidido na marca da cal por Brasiliense e Sobradinho. Após vitória do Leão por 1 x 0 no tempo normal, mesmo placar que o Jacaré fez no jogo de ida.

Na marca fatal, melhor para o Sobradinho, que levou o tricampeonato local após vencer a disputa por 4 X 3, com destaque para Michael, que defendeu três cobranças. O Leão não levava a taça para casa desde 1986.

Precisando do resultado, o Sobradinho chegou com perigo logo aos dois minutos, quando João Manoel bateu falta e obrigou Sucuri a defender.

Cinco minutos mais tarde, Mirandinha fez linda jogada e foi derrubado por Welton Felipe na área, pênalti para o Leão. Platini, artilheiro do Candangão com 11 gols, cobrou e o goleiro do Jacaré saltou para o lado direito para defender.

Após o pênalti desperdiçado, o Brasiliense parou o ímpeto inicial do Sobradinho e passou a jogar no campo de ataque. Aos 17, Filipe Cirne chutou de fora da área e assustou Michael pela primeira vez no jogo.

Aos 22, após grande trama do ataque do time amarelo, Souza chutou para um gol sem goleiro, mas viu o zagueiro Rambo salvar em cima da linha.

Aos 26, a pressão do Brasiliense se transformou em gol. Nunes recebeu na pequena área e chutou mascado, a bola ia entrando, mas Cirne quis conferir e tocou para o fundo das redes. Porém, o camisa 7 estava em posição irregular e o auxiliar anulou o lance.

A resposta do Sobradinho veio aos 34, quando Mirandinha, o melhor em campo na primeira etapa, carimbou o travessão de Sucuri. O primeiro tempo acabou com o número de bolas na trave empatado.

Perto do fim, Souza colocou na cabeça de Reinaldo, que acertou o poste esquerdo. Apesar da falta de gol, não faltou emoção na primeira metade do confronto. Além do bom futebol em campo, as duas torcidas deram um show na arquibancada.

Um fato chamou atenção: até o fim da etapa inicial, os refletores do Mané Garrincha não foram acesos, e os últimos 10 minutos foram jogados à meia-luz. No intervalo, porém, a iluminação artificial foi ligada.

Gol só na segunda etapa

A vantagem do Brasiliense acabou antes do primeiro minuto do segundo tempo. Aos 35 segundos, João Manoel recebeu grande passe de Mirandinha e tocou para marcar o gol que deixou a decisão empatada, já que o Jacaré venceu o duelo de ida por 1 x 0. Após o gol, o Sobradinho diminuiu o ritmo e viu o Brasiliense criar chances de empatar.

Aos 14, em jogada muito parecida com a do gol, João Manuel quase marcou novamente. Platini driblou Gérson e tocou para o camisa 10, que dominou e tentou de voleio, que só foi parado por um milagre de Sucuri.

O técnico Ailton Ferraz, do Jacaré, queria resolver a decisão nos 90 minutos. Antes dos 20 minutos, ele tirou o lateral Patrick e colocou o meia-atacante Luquinhas.

Perto do fim, Numa cabeceou muito perto e tirou tinta da trave, foi a última oportunidade do confronto. Com o placar, o Candangão de 2018 foi decidido nos pênaltis.

Agora, o Brasiliense fica totalmente focado na Série D do Campeonato Brasileiro. O torneio começa no dia 21 de abril. O time está no grupo A10, ao lado de Corumbaense-MS, Dom Bosco-MT e Iporá-Go. O outro representante do Distrito Federal é o Ceilândia, que está na chave A11, com Aparecidense-GO, Novoperário-MS e Sinop-MT.

Públicos

Ao todo, 51.714 pessoas pagaram ingresso para assistir o Candangão nesta temporada. O número não chega nem perto dos 72.788 torcedores que o Mané Garrincha comporta.

A média de público pagante só torneio foi de 698 pessoas. A partida que recebeu menos gente no torneio foi entre Bolamense e Luziânia, no Abadião, pela sexta rodada da competição. O jogo marcou o pior público pagante de toda a história do Candangão. A decisão marcou o recorde de espectadores da edição deste ano, quando 5016 pessoas estiveram na arena.

Frustração

Dois jogadores do Brasiliense não têm motivos para comemorar. Pelo terceiro ano consecutivo, Badhuga e Filipe Cirne foram vice-campeões candangos. Eles estavam no elenco do Ceilândia derrotado pelo Luziânia em 2015 e também eram atletas do Gato Preto, no ano passado, quando o próprio Brasiliense levou a taça.

Ao fim do jogo a comemoração dos jogadores e dirigentes do Sobradinho.

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