Leão
da Serra derrotou o Brasiliense por 1 x 0 no tempo normal, na decisão no Mané
Garrincha, e levou a melhor nas cobranças de pênaltis
Por
Victor Gammaro - Especial para o Correio Braziliense
Foi
com emoção até o final. O Campeonato Brasiliense de 2018 foi decidido na marca
da cal por Brasiliense e Sobradinho. Após vitória do Leão por 1 x 0 no tempo
normal, mesmo placar que o Jacaré fez no jogo de ida.
Na
marca fatal, melhor para o Sobradinho, que levou o tricampeonato local após
vencer a disputa por 4 X 3, com destaque para Michael, que defendeu três
cobranças. O Leão não levava a taça para casa desde 1986.
Precisando
do resultado, o Sobradinho chegou com perigo logo aos dois minutos, quando João
Manoel bateu falta e obrigou Sucuri a defender.
Cinco
minutos mais tarde, Mirandinha fez linda jogada e foi derrubado por Welton
Felipe na área, pênalti para o Leão. Platini, artilheiro do Candangão com 11
gols, cobrou e o goleiro do Jacaré saltou para o lado direito para defender.
Após
o pênalti desperdiçado, o Brasiliense parou o ímpeto inicial do Sobradinho e
passou a jogar no campo de ataque. Aos 17, Filipe Cirne chutou de fora da área
e assustou Michael pela primeira vez no jogo.
Aos
22, após grande trama do ataque do time amarelo, Souza chutou para um gol sem
goleiro, mas viu o zagueiro Rambo salvar em cima da linha.
Aos
26, a pressão do Brasiliense se transformou em gol. Nunes recebeu na pequena
área e chutou mascado, a bola ia entrando, mas Cirne quis conferir e tocou para
o fundo das redes. Porém, o camisa 7 estava em posição irregular e o auxiliar
anulou o lance.
A
resposta do Sobradinho veio aos 34, quando Mirandinha, o melhor em campo na
primeira etapa, carimbou o travessão de Sucuri. O primeiro tempo acabou com o
número de bolas na trave empatado.
Perto
do fim, Souza colocou na cabeça de Reinaldo, que acertou o poste esquerdo.
Apesar da falta de gol, não faltou emoção na primeira metade do confronto. Além
do bom futebol em campo, as duas torcidas deram um show na arquibancada.
Um
fato chamou atenção: até o fim da etapa inicial, os refletores do Mané
Garrincha não foram acesos, e os últimos 10 minutos foram jogados à meia-luz.
No intervalo, porém, a iluminação artificial foi ligada.
Gol
só na segunda etapa
A
vantagem do Brasiliense acabou antes do primeiro minuto do segundo tempo. Aos
35 segundos, João Manoel recebeu grande passe de Mirandinha e tocou para marcar
o gol que deixou a decisão empatada, já que o Jacaré venceu o duelo de ida por
1 x 0. Após o gol, o Sobradinho diminuiu o ritmo e viu o Brasiliense criar
chances de empatar.
Aos
14, em jogada muito parecida com a do gol, João Manuel quase marcou novamente.
Platini driblou Gérson e tocou para o camisa 10, que dominou e tentou de
voleio, que só foi parado por um milagre de Sucuri.
O
técnico Ailton Ferraz, do Jacaré, queria resolver a decisão nos 90 minutos.
Antes dos 20 minutos, ele tirou o lateral Patrick e colocou o meia-atacante
Luquinhas.
Perto
do fim, Numa cabeceou muito perto e tirou tinta da trave, foi a última
oportunidade do confronto. Com o placar, o Candangão de 2018 foi decidido nos
pênaltis.
Agora,
o Brasiliense fica totalmente focado na Série D do Campeonato Brasileiro. O
torneio começa no dia 21 de abril. O time está no grupo A10, ao lado de
Corumbaense-MS, Dom Bosco-MT e Iporá-Go. O outro representante do Distrito
Federal é o Ceilândia, que está na chave A11, com Aparecidense-GO,
Novoperário-MS e Sinop-MT.
Públicos
Ao
todo, 51.714 pessoas pagaram ingresso para assistir o Candangão nesta
temporada. O número não chega nem perto dos 72.788 torcedores que o Mané
Garrincha comporta.
A
média de público pagante só torneio foi de 698 pessoas. A partida que recebeu
menos gente no torneio foi entre Bolamense e Luziânia, no Abadião, pela sexta
rodada da competição. O jogo marcou o pior público pagante de toda a história
do Candangão. A decisão marcou o recorde de espectadores da edição deste ano,
quando 5016 pessoas estiveram na arena.
Frustração
Dois
jogadores do Brasiliense não têm motivos para comemorar. Pelo terceiro ano
consecutivo, Badhuga e Filipe Cirne foram vice-campeões candangos. Eles estavam
no elenco do Ceilândia derrotado pelo Luziânia em 2015 e também eram atletas do
Gato Preto, no ano passado, quando o próprio Brasiliense levou a taça.
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