10 mitos médicos que muita gente ainda acredita
Por Redação Yahoo! Brasil
O 'British Medical Journal' trouxe uma matéria assinada por dois médicos americanos, Rachel Vreeman e Aaron Carroll, sobre os chamados "mitos médicos". O objetivo é buscar a verdade científica. Um dos exemplos é que comer à noite engorda mais: não é verdade, as calorias que consumimos vão engordar independente da hora em que as ingerimos. Eis outros exemplos, tirados do 'British Medical Journal':
1. Açúcar causa hiperatividade em crianças:
Independentemente do que os pais possam acreditar, o açúcar não pode ser responsabilizado pela perda de controle deles sobre os filhos", afirmaram os médicos Rachel Vreeman e Aaron Carroll , explicando que nenhum estudo, até hoje, mostrou algum papel do açúcar nos distúrbios comportamentais.
2. Há mais suicídios nos feriados:
"Feriados podem fazer surgir o pior de nós", comentaram Vreeman e Carroll, mas isso não é o suficiente para fazer ninguém se matar, mesmo nos meses de muito frio, quando ninguém sai de casa. Ao contrário: pesquisas assinalam que há mais suicídios nos meses onde se faz mais calor.
3. Manter a cabeça desprotegida faz o corpo perder calor:
Todo mundo adere ao uso do gorro ou do chapéu quando começa a esfriar a temperatura. No entanto, estudos mostram que o corpo não perde calor só porque a cabeça está eventualmente desprotegida. "Qualquer parte descoberta do corpo perde calor" de maneira proporcional, afirmam os médicos. "Assim, se estiver frio lá fora, deve-se proteger o corpo. Se você quiser manter sua cabeça coberta, é problema seu."
4. Comer à noite engorda mais:
Diz a lenda que, para evitar ganho de peso, é preciso comer menos à noite. Mas isso não faz diferença. "As pessoas ganham peso porque consomem mais calorias do que queimam", argumentam os médicos.
5. É possível curar ressaca:
"A ressaca é causada pelo consumo excessivo de álcool. Assim, o modo mais efetivo de evitar a ressaca é consumir álcool com moderação, ou nem consumi-lo." Resultado: não há nada no campo da medicina que faça a ressaca desaparecer, a não ser esperar o efeito do álcool passar ou esperar que ele seja todo eliminado.
6. Deve-se beber ao menos oito copos de água por dia:
"Estudos sugerem que é possível atender à necessidade de líquidos por meio de uma típica dieta de consumo de sucos, leite e mesmo café", afirmam os médicos. "Em contrapartida, beber água demais pode ser perigoso - pode até matar."
7. Usamos apenas 10% do nosso cérebro:
"Nenhuma área do cérebro fica completamente silenciosa ou inativa." Pesquisas comprovam que as pessoas usam muito mais do que 10% da capacidade cerebral, segundo os médicos. Este é um mito antigo, "propagado por múltiplas fontes que defendem o poder da auto-ajuda e do desenvolvimento de habilidades latentes".
8. Depois de morrermos, cabelo e unhas continuam a crescer:
Imagine que mórbido seria se isto fosse verdade. O antropólogo forense William Maples garante que a ideia é um mito, mas admite uma base biológica para ele. Como o perito e muitos dermatologistas explicam, a desidratação do corpo pode provocar um recuo da pele, criando a aparência de que cabelo e unhas estão mais compridos.
9. Ler com pouca luz pode prejudicar os olhos:
Mais um mito que não corresponde à realidade. De fato, ler num ambiente com pouca luz, submete a visão a um esforço maior, faz secar a córnea e causa desconforto ocular. Mas os efeitos não são permanentes e nem a função nem a estrutura dos olhos são afetados por esta atitude.
10. Raspar o pêlo faz com que ele cresça mais rápido, mais grosso e mais escuro:
A terminação do cabelo (e do pêlo) raspado não tem a mesma suavidade do não-raspado, podendo criar a ilusão de que é mais grosso e se o novo cabelo que cresceu parece mais escuro, isto pode dever-se ao fato de não ter estado ainda exposto ao sol e aos químicos existentes no meio ambiente. O estudo mais antigo a negar a ligação entre cortar cabelo e o ritmo do seu crescimento é de 1928.
Não tem jeito, ressaca não tem cura. Está comprovado. O negócio é não misturar e colocar alguma coisa sólida no estômago.
sábado, 10 de janeiro de 2009
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