O ato de inalar toxinas depois que a fumaça foi extinta é conhecido como fumo de terceira mão
Se você está no grupo que acredita que ficar longe do amigo fumante somente no momento em que ele ascende o cigarro é suficiente para proteger sua saúde é melhor mudar de opinião. Mesmo onde não se vê fumaça, o contato com fumantes pode ser prejudicial à saúde já que fortes evidências indicam que o cheiro do cigarro, já apagado, é tóxico.
Pesquisas mostram que um significativo nível de toxinas permanecem nas superfícies, na poeira ou mesmo no ar, após a fumaça ser extinta. Existem cerca de 250 gases tóxicos presentes na fumaça do cigarro, entre eles: hidrogênio cianide (usado em armas químicas), monóxido de carbono (também no escapamento do carro), butano (fluido para isqueiro), amônia (também usado em produtos de limpeza), tolueno (também no thinner), arsênico (também nos pesticidas), chumbo (também nas tintas de parede), cromo (usado na fabricação do aço), cádmio (também nas baterias e carro), polônio-210 (radioativo). Onze destes 250 gases tóxicos são classificados como compostos carcinogênicos do grupo 1, ou seja, os mais carcinogênicos.
O fumo passivo, ou "fumo de segunda mão", quando a fumaça visível é inalada pelo não fumante, é bastante difundido pelos programas anti-tabagismo. Já em relação ao "fumo de terceira mão", como é chamada a inalação de toxinas da fumaça extinta, o conhecimento da população é bem menor.
É o que revela pesquisa divulgada esta semana pelo jornal "Pediatrics", nos Estados Unidos. Nesse caso as crianças são as mais susceptíveis já que ficam mais tempo em casa, mexem e colocam mais a boca nas superfícies, e já foi demonstrado que a inalação de poeira por crianças é duas vezes maior que no adulto. Além disso, a pesquisa conseguiu demonstrar que o nível de consciência do risco do "fumo de terceira mão" é maior em lares em que o fumo é proibido.
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