Durante a Semana Santa, o consumo de peixes cresce significativamente e, com isso, o risco da ingestão acidental de espinha de peixe aumenta. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP registra aproximadamente 40% de casos a mais nesta época do ano e faz um alerta: engolir a espinha pode causar a perfuração do esôfago, provocando falta de ar, dor torácica e febre.
Caso a espinha ultrapasse o esôfago, há grande possibilidade ser eliminada nas fezes. No entanto, se ela perfurar o esôfago e não for diagnosticada e removida com urgência há riscos de complicações graves, dependendo do tamanho da espinha.
Os principais sintomas são salivação excessiva, dificuldades para engolir, dor e desconforto. A ingestão da espinha pode ocasionar falta de ar, dor torácica, febre e até levar à morte, dependendo da gravidade do caso.
A confirmação do diagnóstico é feita pelo histórico clínico do paciente, exame radiológico e ou exame de endoscopia digestiva, que permite também a remoção do corpo estranho. A cirurgia é necessária em menos de 1% dos casos.
De acordo com o endoscopista Dalton Chaves, caso um dos sintomas seja observado é necessário procurar um pronto socorro imediatamente. “Comer pão ou farinha não colabora em nada com a eliminação da espinha. Isso pode até prejudicar ao fazer o exame de endoscopia, pois é preciso de oito horas em jejum para realizá-lo”, conta o médico.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
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